Obras para entender o impacto do nazismo

Obras literárias, cinematográficas e televisivas que refletem sobre as vítimas da Segunda Guerra Mundial

O nazismo é uma ideologia de extrema-direita que surgiu na Alemanha da primeira metade do século XX, com a criação e consolidação do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, cujo principal representante foi Adolf Hitler. Durante a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o nazifascismo foi a ideologia fundamental das nações do Eixo (Alemanha, Itália e Japão), em contrapartida aos países Aliados (União Soviética, Estados Unidos, França e Reino Unido). Para o movimento nazifascista, era de máxima importância o aniquilamento dos inimigos do Terceiro Reich, entre eles, judeus, comunistas, eslavos, ciganos, pessoas LGBTQIA+, dentre outros: logo, centenas de milhões de pessoas foram assassinadas pela violência genocida de tal ideologia.
Abaixo, indicaremos algumas obras literárias, televisivas e cinematográficas para pensar, com responsabilidade e criticidade, o nazismo — exercício que deve ser fundamental em sociedades democráticas.

 

Nos campos do Holocausto (Série)

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Na imagem: Nos campos do Holocausto. Foto: Divulgação.

Nos campos do Holocausto é uma série documental brasileira de 2015, dirigida por Beto Ribeiro e Carla Albuquerque. Composta por oito episódios, acompanhamos as histórias de sobrevivência dos refugiados judeus que moram no Brasil, contadas pelos mesmos.  No segundo episódio, por exemplo, a holandesa Nanette Konig, conhecida por ter sido amiga e colega de classe de Anne Frank, além de autora do importante Eu Sobrevivi ao Holocausto (2015), conta como foi a única pessoa de sua família a não morrer no genocídio judeu, embora tenha passado meses no campo de concentração Bergen-Belsen, lugar onde morreu Anne Frank. A série, inicialmente transmitida pela TV Cultura, está, no momento, disponível no Prime Video.

O diário de Anne Frank/ O diário de Anne Frank em quadrinhos (Livro e HQ)

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Na imagem: O diário de Anne Frank em quadrinhos. Foto: Divulgação.

O diário de Anne Frank, grande clássico popular e fenômeno editorial, é o relato pessoal mais importante da Segunda Guerra Mundial. Anne, uma menina judia alemã, que tinha apenas treze anos anos quando sua família precisou esconder-se para não ser assassinada no Holocausto, escreveu esse registro periódico entre 1942 e 1944, compartilhando os detalhes da vida no esconderijo, um anexo secreto no antigo escritório do pai, Otto Frank. No anexo moravam duas famílias e um agregado, todos capturados em agosto de 1945 – Otto foi o único sobrevivente. O livro é, então, uma obra póstuma, uma vez que sua autora já estava morta quando este foi publicado: Anne Frank morreu em fevereiro de 1945, e seu diário foi publicado em junho de 1947. 

Em 2017, com autorização da Fundação Anne Frank Fonds Basel, Ari Folman e David Polonsky organizaram uma edição especial em HQ, chamada O diário de Anne Frank em quadrinhos. Essa versão, além de conter textos integrais do diário, conta com belos e interessantes desenhos – aspecto que pode ajudar na compreensão da obra para o público infanto-juvenil. 

Marcados pelo Triângulo Rosa (Livro)

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Na imagem: Marcados pelo Triângulo Rosa. Foto: Divulgação.

De acordo com o autor canadense de livros infanto-juvenis Ken Setterington (2013), em 1928, Hitler, já líder do Partido Nazista, declarou: “Qualquer um que pense em amor homossexual é nosso inimigo”. De fato, as violentas perseguições contra pessoas LGBTQIA+ começaram pouco depois da ascensão do nazismo na Alemanha, país que, anteriormente, era conhecido por ser um local, relativamente, tolerante à homossexualidade na Europa da primeira metade do século XX. Depois de conseguirem base judicial para ações contra pessoas queer, homens homossexuais passaram a ser presos em campos de concentração, especialmente em Sachsenhausen. Esses prisioneiros eram diferenciados pela costura de um triângulo rosa invertido em seus uniformes. Em 2013, Ken Setterington compilou suas pesquisas acerca desse genocídio na obra Marcados pelo Triângulo Rosa, publicada, no Brasil, pela editora de livros didáticos e juvenis Melhoramentos. O livro recebeu, em 2014, o Stonewall Book Award (Prêmio Literário de Stonewall), o prêmio literário mais significativo da comunidade LGBTQIA+, e o Canadian Jewish Book Award for Holocaust Literature (Prêmio Judeu Canadense de Literatura sobre o Holocausto).

Quando voam as cegonhas (Filme)

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Na imagem: Quando voam as cegonhas. Foto: Divulgação.

Quando voam as cegonhas é um clássico da cinematografia soviética, dirigido por Mikhail Kalatozov e lançado em 1957, pouco mais de dez anos após o fim do conflito. No filme, o jovem casal Veronika e Boris, que acabou de noivar, é separado pela guerra: o noivo vai servir no exército e a noiva fica em Moscou, cidade constantemente bombardeada. Em um desses bombardeios, seus pais são mortos e Veronika precisa morar na casa de seu namorado ausente, onde é violentada e precisa, para manter a honra, casar com seu assediador. A jovem se torna enfermeira e fica, até o final da guerra, esperando a volta de Boris que, infelizmente, morreu no combate aos nazistas. A conturbada  trajetória de Verokina é bastante significativa das condições de vulnerabilidade em que se encontram as mulheres em momentos de confronto armado. Ademais, em 1958, a película ganhou o importante prêmio Palma de Ouro no Festival de Cannes. 

A partir destas indicações, você tem, agora, ótimas referências para redações acerca do nazismo, do Holocausto e de genocídios em geral. Para mais conteúdos como este, continue a acompanhar o blog da Sofista e nos siga no Instagram @tudosobreenem

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